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CURA
“Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas”. Salmos 147:3
“– Curar? Mas de qual doença? Estou perfeitamente saudável.”
Foi tal sentença que passou na minha mente quando cogitei escrever sobre cura, já que escrevo do que eu também preciso.
Doença na definição, não passa de um estado onde há disfunção das características e no funcionamento normal de certa unidade viva.
No campo emocional, psíquico e espiritual, as doenças são mais subjetivas, intrigantes e irracionais. Subjetivas pois não dizem respeito ao exterior direto. Intrigantes porque envolvem um âmbito de estudo relacionado a assuntos como: outras dimensões e subconsciente. Por fim, irracionais pois o homem na sua faculdade de conhecer não é capaz de entender completamente ou de dominar o estudo do que é separado como: espiritual.
(É por graça e misericórdia a fé que podemos clamar, como meros homens de carne!)
Concordamos em consenso que nossa alma e espírito é uma exímia unidade viva? Sim. E concordamos também que somos capazes de reconhecer as atividades diárias de funcionamento tanto da alma, quanto do espírito. Como é bom poder discernir quando minha alma está se expressando ou quando meu espírito está agindo ou falando comigo! Uma prova de que há vida com certeza, além da nossa carne palpável e visível, é que alma e espírito se manifestam semelhantemente à carne, na dor e na alegria. Observe: “…por causa de tua ira, todo o meu corpo está doente; não há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado. Minhas feridas cheiram mal e supuram por causa da minha insensatez. Estou ardendo em febre; todo o meu corpo está doente. Sinto-me muito fraco e totalmente esmagado; meu coração geme de angústia. Meu coração palpita, as forças me faltam; até a luz dos meus olhos se foi” – retirado do salmo 38. Esta, é uma parte de um salmo sobre uma oração dolorida de Davi; ele está plenamente convicto do desagrado de Deus sobre si, seu corpo foi atingido fisicamente por enfermidades e fraqueza, e ele sabe que seu sofrimento é resultado não de agentes naturais, mas sim do seu pecado de insensatez. Ainda existem outras poesias no mesmo livro relacionadas ao assunto, como: “Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.Tem misericórdia de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão perturbados. Até a minha alma está perturbada; mas tu, SENHOR, até quando?
Volta-te, SENHOR, livra a minha alma; salva-me por tua benignidade. Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará? Já estou cansado do meu gemido, toda a noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas, Já os meus olhos estão consumidos pela mágoa, e têm-se envelhecido por causa de todos os meus inimigos.” Retirado do Salmo 6.
Como sofremos por causa das nossas atitudes e como nos sentimos trapos ao confessarmos para o Altíssimo as nossas faltas! Davi escreveu poesias maravilhosas e altamente sentimentalistas quando estava amargurado por seus pecados, ao lermos, é impossível não nos tocarmos, e vermos a procura pelo Senhor e Sua cura.
Não há cura do que está saudável! É inviável. Se algum filho de Deus olha pra si e julga não precisar da restauração que vem do alto, não haverá mudanças e milagres na sua vida. Fica claro nos textos davídicos a sua aclamação por tratamento, por libertação.
Acredito ser melhor nossa autoanálise para descobrir uma falta espiritual do que o nosso próximo ter que apontar para nós o erro; aquele que constantemente sonda a si mesmo e julga seus atos, não ouvirá de terceiros seu julgamento. Então, que possamos estar empenhados na procura do que fere nossa alma e do que está enfraquecendo nosso espírito.
Quando somos capazes de enxergar que precisamos da cura, aí será quando ela se manifestará; corações contritos, amargurados e redimidos, são os primeiros a experimentar o remédio da consolação e da paz de Cristo. Como diz um poeta contemporâneo nas suas citações: “Senhor, sara a minha dor. Toca na ferida com as tuas mãos, abraça o meu coração. Pai, tu és o médico dos médicos que enxuga as minhas lágrimas e me faz viver o milagre da fé. Cura-me Senhor! Cura-me Senhor!” …assim deveria ser nossa petição ao Altíssimo Deus; pessoas que reconhecem sua enfermidade de espírito e alma, sabendo que apenas sermos cristãos e bondosos, não significa que estamos saudáveis, mas sim que corremos grave risco de estar andando conforme nossos planos e distantes do Senhor, como um câncer silencioso que cresce aos poucos e depois toma a nossa vida. A melhor tática do nosso terrível inimigo é nos convencer de que estamos bem o suficiente, de forma que não necessitamos de reavivamento ou cura da parte do Senhor. Regidos por esse orgulho, cada vez mais distanciamos do entendimento que o Senhor queria nos conceder, das bênçãos que Ele prepara para nós e assim vai piorando gradativamente os sintomas da nossa doença.
De novo cito, graça e misericórdia da parte de Deus Pai, é que nos mantem exultantes na fé que professamos e nos dá felicidade de viver saudáveis, livres de toda sujeira e escuridão do mundo. O seu perdão é um tratamento das nossas feridas mais profundas, é capaz de sarar e não deixar marca nem de cicatriz; (“Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades;” Salmos 103:3) somos perdoados diariamente e nosso Senhor não se lembra do nosso pecado, sua cura é efetiva.
Para os que ainda não experimentam nem podem entender o poder de sarar que Deus concede aos seus filhos amados, pode provar da maior cura que há, a salvação: “Cura-me, SENHOR, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor” –Jeremias 17:14.
Entregue sua vida doente, cheia de dores e faça parte dos filhos redimidos pelo sangue de Cristo. Tal sangue, é o maior expoente da cura que o nosso Deus Altíssimo tem para nós.
“Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a vida do meu espírito, portanto cura-me e faze-me viver.” – Isaías 38:16
Sofia Viana
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